terça-feira, 26 de maio de 2020

COMO UMA BIÓLOGA ATUA NA GESTÃO DE UM MUSEU

Oi, eu sou a bióloga Maira e hoje vou te contar um pouquinho do meu trabalho no museu e como eles são importantes. Vem comigo!

Você sabia que os museus são lugares que transmitem sensações, ideias e uma história por trás de suas exposições; que te fazem mergulhar no universo da cultura te envolvendo das mais diversas formas, seja por imagens, sensações, peças artísticas, científicas, ou de qualquer outra natureza cultura? Bem, segundo o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), um museu é uma instituição que conserva, investiga, comunica, interpreta e expõe com fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, através de coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e seu desenvolvimento. Dessa forma, podemos dizer que os museus são locais voltados à preservação de um patrimônio através de um conceito pré estabelecido para a exposição. Assim como conectar o passado, presente e futuro.

Todos os museus são cadastrados no IBRAM e possuem relações com diversas instituições que auxiliam na pesquisa e conservação, como IBAMA, Universidades, Centros de Pesquisas, Pesquisadores, e o mais importante a população local. As exposições podem ser permanentes, temporárias ou em forma de eventos e/ou atividades. Podem acontecer em conjunto com educação patrimonial, pesquisas científicas e educação ambiental. Tudo isso está inserido no projeto museológico  que tem como objetivo executar o conceito determinado àquela exposição. Dessa forma, temos diversas propostas museológicas distintas, como os museus: Museu do Amanhã, Museu do Homem Americano, Museu da Vida - FIOCRUZ, Museu Casa de Cora Coralina, Museu Memorial do Cerrado, Museu Pedro Ludovico, Museu Nacional da República, entre tantos outros museus que contam muitas histórias locais.

COMO A BIÓLOGA ATUA NO MUSEU?

Assim como em diversas áreas da biologia, eu não estou sozinha dentro dos museus. Meu trabalho é realizado com uma equipe multidisciplinar, envolvendo paleontólogas, arqueólogas, historiadoras, geógrafas, artistas plásticas, museólogas, designers, arquitetas, etc. Dessa forma, desenvolvemos pesquisas científicas que auxiliam na elaboração de uma exposição. Com base nos dados coletados e estudados, determinamos um conceito para o projeto museológico que será exposto. 

A educação ambiental também faz parte do meu trabalho dentro dos museus. A importância de conscientizar tanto a população que está inserida no local quanto os visitantes advindos de outros locais, é fundamental. Interligar o passado, presente e futuro de uma paisagem de um determinado ecossistema, mostrando a origem da fauna e flora através de um processo evolutivo e como nossas ações atuais podem influenciar este mesmo bioma no futuro. Transmitindo através de imagens, peças, textos, estudos, esquemas, várias sensações e emoções que, de  alguma forma, tendem a mexer e desenvolver a perspectiva e conscientização histórica de quem se interessa.


COMO ORGANIZAR UMA EXPOSIÇÃO?

As exposições são organizadas a partir de estudo e pesquisas científicas que são desenvolvidas dentro das instituições e seguem o projeto museológico proposto, buscando espécimes que representem a ideia, ex.: Bioma Cerrado. Dessa forma, a equipe multidisciplinar monta um cenário na qual todas as peças se conectam e mostram um recorte do que foi proposto, ex.: animais vertebrados, árvores, insetos, população atual e pré existente. Com o auxílio de diversas instituições, como por exemplo o IBAMA, que faz a identificação, registro, numeração, e catalogação dos animais em exposição.

O desenvolvimento de um plano museológico é uma ferramenta de extrema importância, pois é capaz de auxiliar e promover assistências técnicas e conceituais para a elaboração do trabalho realizado pelas as instituições museológicas, assim como estabelecer a dinâmica da exposição. Estabelecendo uma metodologia que conecte o público.

MUDANÇAS DE PERSPECTIVAS SOBRE OS MUSEUS

A conscientização está presente no ambiente museológico exercendo um papel educativo significativo na comunidade. Com abordagem de diversos temas que envolvem e propõem didaticamente uma mudança de perspectiva sobre o assunto, transmitindo conhecimento. O Museu do Homem Americano, situado no Parque Nacional Serra da Capivara, São Raimundo Nonato, Piauí. Tem como objetivo divulgar a importância do patrimônio cultural deixado pelos povos pré-históricos da região, e com a ajuda da população local, desenvolve trabalhos e atividades de conscientização. Sensibilizando a todos que possuem a experiência de vivenciar a exposição fixa local. 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

< https://www.museus.gov.br/museus-do-brasil/ >, acessado em 25/05/20 às 18:46.

< http://fumdham.org.br/ >, acessado em 25/05/20 às 19:45.

Subsídios Para Elaboração de Planos Museológicos. Organização Coordenação de Acervo Museológico – Camus, 2016. IBRAM - Instituto Brasileiro de Museus.

< https://revistapesquisa.fapesp.br/2018/06/08/artista-na-expedicao-biologo-no-museu/ >, acessado em 25/05/20 às 19:05.

FRANCISCO, J. C. B. , MORIGI, V. J. O olhar do outro: A gestão de Museus e a Sustentabilidade na museologia. Museologia & Interdisciplinaridade vol.11. n.3, maio/junho de 2013.

MARANDINO, M. Os Objetos Biológicos Nos Museus de Ciências: Um Estudo No Contexto Brasileiro. EMOND, A. M. (org.). Le Musée: entre la recherche et L´enseignement. 1ª Ed. Multimondes, Montreal, 2012, p.99-120. 

MELLADO, I. A função social e o papel da educação nos museus. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, São Paulo,  n. 27, 2019. 


Gestão de Jardins Botânicos Grupo 03

Gestão de Jardins Botânicos

 

O que são jardins botânicos?

 

    Os jardins botânicos são essenciais para processos como a absorção do dióxido de carbono, a fertilidade do solo e a purificação da água, as plantas encontram nestes espaços uma casa segura.  Os jardins botânicos também são instituições que visam a pesquisa, a conservação vegetal e a educação.  Hoje existem cerca de 33 mil espécies de plantas ameaçadas de extinção ou de empobrecimento genético, enquanto há mais de 2500 jardins botânicos e arbóreos no mundo. Em vista disso, os jardins botânicos foram chamados a implementar a Estratégia Mundial para a Conservação de Plantas e a elaborar planos, no sentido de defender a conservação das plantas e atrair a atenção do público. 

O que é previsto na Constituição Brasileira a respeito desses santuários botânicos?

 Conforme o artigo 2º da Lei nº 6.684/79e artigo 3º do Decreto nº 88.438/83, poderá atuar nas áreas de Meio Ambiente e Biodiversidade a Gestão de Jardins Botânicos.

 

Conhecendo melhor um dos exemplos de jardim botânico




Visto o que são jardins botânicos, agora iremos abordar um dos cartões-postais mais conhecidos e famosos do Brasil: o Jardim Botânico de Curitiba. Tendo 1 milhão de visitantes por ano, este jardim botânico contém uma gama variada de atividades e eventos, como por exemplo:

 

  1. *      O Jardim das Sensações, cujo objetivo é convidar o público a entrar em contato com a natureza, usufruindo das sensações em plantas e flores, adivinhando o cheiro e a textura das espécies vegetais introduzidas nessa incrível e única experiência. Além disso, o espaço é acessível aos deficientes e todas as partes informativas estão em braile;

  2. *      É um grande espaço de pesquisa e de preservação de espécies. Todos os visitantes têm um pouco de conhecimento a respeito das plantas de determinadas regiões;

  3. *      Baseada no projeto do Palácio de Cristal de Londres, a estufa preserva plantas da Mata Atlântica;

  4. *      Existem várias coleções botânicas espalhadas no Jardim Botânico de Curitiba, cujo objetivo é preservá-las. As araucárias do mundo, mostrando que não há essa espécie apenas no Brasil, tendo no exterior também;

  5. *      Outro foco desse santuário ambiental é a conservação in situ e ex situ. Segundo o engenheiro florestal Marcelo Leandro Brotto, no primeiro caso, há um bosque nativo, preservando espécies endêmicas de Curitiba, enquanto o outro caso, realiza a mesma função, porém com espécies não encontradas no Paraná, como por exemplo, espécies oestes do estado do Paraná;

  6. *      Não há apenas o Jardim Botânico como atração principal, e sim salão de exposições, audição para apresentações artísticas, canchas para futebol e vôlei, quadras de tênis, áreas de piquenique, velódromo, academia ao ar livre, uma pista para corrida e caminhada com extensão de 2km;

  7. *      Os jardins do local foram baseados na bandeira de Curitiba e nos jardins franceses;

  8. *      Além disso tudo, encontra-se o 4º maior herbário do Brasil: O Museu Botânico de Curitiba, fundado em 1971;                                                                

                 
   
Legenda: Comparativo do Jardim Botânico de Curitiba com a bandeira da capital do Paraná

Disponibilizamos dois links que possuem informações adicionais referentes ao Jardim Botânico de Curitiba. Caso tenham interesse sobre Gestão de Jardins Botânicos, favor cliquem nos links abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=L0a8NlizR2k

https://www.youtube.com/watch?v=5_-hnUkMQFc

Referências Bibliográficas:

https://www.publico.pt/2017/09/29/ciencia/noticia/os-jardins-botanicos-guardam-um-terco-de-todas-as-plantas-que-conhecemos-1787034/amp

http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/22443821/do1-2016-03-14-portaria-n-107-de-4-de-marco-de-2016-22443693;

http://conhecendobrasil.com.br/jardins-botanicos-brasileiros/

https://www.terra.com.br/amp/noticias/climatempo/conheca-o-trabalho-ambiental-do-jardim-botanico-de-curitiba,3e1eabdb05a6fdce94ea9cbac384c9e5jvqw6s1c.html

https://www.youtube.com/watch?v=5_-hnUkMQFc

https://seeklogo.com/vector-logo/328855/bandeira-de-curitiba

https://www.lilileiloeira.com.br/peca.asp?ID=2589928

Equipe: Julia Gabriela Ramos da Costa, Ramon Nunes Guimarães e Vitor Souza Macarini Pimenta.






Gestão de Bancos de Germoplasma e sua Importância para o Biólogo


Na esperança de salvar espécies de plantas com risco de extinção, o banco de germo plasmas foi criado em vários lugares do mundo, afim de fazer aprimoramentos genéticos, cultivos e coleções dessas plantas, armazenando-as em bancos com os dados contidos para salva-las e reproduzi-las em um ambiente mais favorável.



Germoplasma Definição:

 É o conjunto de genótipos que podem doar genes para determinada espécie. Portanto, germoplasma é a fonte de variabilidade genética disponível para o melhoramento de plantas.

Tipos de Banco:

Bancos de sementes

Bancos de campo

Bancos in vitro

Bancos in situ

Conservam sementes ortodoxas em condições controladas de temperatura e umidade. Um exemplo de banco de semente é o de milho da Embrapa Milho e Sorgo em Sete Lagoas (MG).

Conservam espécies com sementes recalcitrantes ou de propagação vegetativa (café, citrus, cacau, mandioca, cana-de-açúcar). Um exemplo de Banco de Campo é o Banco Ativo de Germoplasma de Citros (BAG – Citrus)

São coleções de germoplasma mantidos em laboratório em condições que reduzam o crescimento das amostras. A conservação é feita através de meristemas ou outros tecidos das plantas. A Embrapa Mandioca e Fruticultura em Cruz das Almas (BA) possui um banco in vitro de mandioca com cerca de 1000 acessos.

São coleções de germoplasma conservadas no local de origem. Esses bancos são constituídos de reservas genéticas ou conservação de ecossistemas. No Paraná e em Santa Catarina estão sendo criadas várias reservas genéticas para a conservação in situ do Pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia).

Na tabela acima é mostrado a definição da germo plasma e os tipos de bancos que colecionam tais materiais.

  • A importância do Intercâmbio da Germo Plasma

O intercâmbio de germo plasma é uma estratégia de referência e enriquecimento de patrimônio genético vegetal de um país ou organização. O principal objetivo do intercâmbio é suprir os programas de melhoramento genético no país, sendo indispensável sua pesquisa e tendo precauções contra pragas. 

Fonte: Embrapa



A maior parte dos produtos que compõe a dieta  do povo brasileiro, não é originária do Brasil, ela foi introduzida de outros países e adaptado ás nossas condições edafoclimáticas. São exemplos o arroz, feijão, milho, trigo, soja, frutíferas e hortaliças exóticas.


                                                             Fonte: Embrapa


Uma organização brasileira exemplo que pode ser citada é o Instituto Florestal que vem pesquisando a introdução de espécies florestais desde 1969, com a finalidade de definir prioridades para o melhoramento genético, estabelecer áreas de atuação e implantação de sementes, bancos clonais e outras atividades referentes ao melhoramento florestal das espécies atual ou em potencial. 
  • Importância para o Biólogo
De acordo com a resolução 517 art.2º do CRBio-04 o biólogo é o profissional legal e tecnicamente habilitado com atribuições para atuar em biotecnologia e produção, ou seja, é um dos profissionais mais aptos para se trabalhar na gestão de bancos de germoplasma, tanto pela experiência teórica aprofundada, quanto pela prática.


Referências Bibliográficas:
RONZELLI JÚNIOR, P. Capítulo III: Introdução e adaptação de plantas. Melhoramento genético de plantas. Curitiba, P. Ronzelli Jr., 1996. 25-40. MONTALVÁN, R.; FARIA, R.T. Capítulo 3: Variabilidade genética e germoplasma. In: DESTRO, D.; MONTALVÁN, R. Melhoramento genético de plantas. Editora UEL, 1999. 27-38.

Biólogos na gestão de biotérios




                                                          Equipe: Tales Moura , Luíza Damasceno , Geovana Cristina , Stefany Aguiar.

O que é um Biotério? Qual o objetivo?

Os biotérios são instalações onde são prestados serviços de reprodução, manutenção e experimentos para animais de laboratórios, por exemplo ratos e camundongos.

Um biotério é uma organização multidisciplinar, com profissionais que se responsabilizam pela execução das atividades operacionais, trabalhando incansavelmente.

O objetivo de um biotério e a utilização como modelos animais em várias pesquisas experimentais como: pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos e imunobiológicos, pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas, estudo de doenças genéticas etc.

Existe três tipos de biotérios: biotério de criação, de manutenção e de experimentação. O biotério de criação é onde se encontram as matrizes das diversas espécies de animais que se originam a produção e visam controlar e definir antes do experimento.

O biotério de manutenção tem duas finalidades: a adaptação do animal em cativeiro, onde o animal passa por um período de aclimatação para depois serem utilizados. Outra finalidade é a produção de sangue animal e fornecimento de órgãos onde o animal é utilizado para ajudar amimais sadios.O biotério de experimentação é para padronizar o ambiente, alimentação e o manejo do animal com as normas do experimento.

         Quais são as noções de Biossegurança em Biotérios? 

Deve ser previsto espaço para a instalação de barreiras sanitárias para a proteção, tanto para o trabalhador quanto o meio ambiente. É prioridade a instalação de biotérios em áreas isoladas, onde possa ser evitado a introdução de fatores ambientais, assegurando o comprimento de normais para o transporte dos animais (Cardoso, 2001). 

As medidas especificas de segurança para experimentação animal com agentes perigosos, deve ser tomada um cuidado especial com atenção ao alojamento dos animais, o armazenamento do agente de risco, prevenção contra os perigos que podem ser causados pelo agente, manejo de tecidos e fluidos corporais. Para uma segurança eficaz é necessário pessoal treinado e que sigam rigorosamente as normas (NIH, 2002).

A biossegurança é demonstrada mediante o nível de contenção física, de seus requisitos, da utilização dos procedimentos das boas práticas laboratoriais, por objetivo o desenvolvimento de um trabalho seguro. Os níveis de contenção física são classificados em quatro classes de risco.

Laboratórios de experimentação animal de nível de biossegurança 1 (NB 1) são aqueles utilizados no ensino básico, onde é necessário o atendimento as boas práticas laboratoriais, com planejamento eficaz sendo apropriado para a manutenção de estoques de animais com agentes de risco 1.

Laboratórios de experimentação animal de nível de biossegurança 2 (NB 2) são aqueles que manipulam animais infectados com microrganismos da classe de risco, o atendimento das boas práticas laboratoriais estão somadas a alguns dos requisitos físicos de construção.

O laboratório de experimentação animal de contenção, nível de biossegurança 3 (NB 3), requer desenho e construção mais especializados que aqueles de níveis 1 e 2. Nesse nível é necessário o treinamento especifico para o manuseio seguro de microrganismos.

No laboratório de experimentação animal de contenção máxima, nível de biossegurança 4 (NB 4), as atividades estão diretamente relacionadas às atividades do laboratório de contenção máxima, onde só deverão funcionar sob o controle direto de autoridades sanitárias e um alto grau de complexidade.

         Qual o verdadeiro objetivo dos experimentos envolvendo animais?

São muitos. Na área do ensino, os experimentos são fundamentais para o treinamento e a qualificação de profissionais. Os estudantes de Medicina, Medicina Veterinária, Farmácia, Biologia e de outros diversos cursos dependem das aulas-práticas para conseguirem futuramente proteger e salvar as vidas de pessoas e, também, de animais, e são utilizados em pesquisas biomédicas, produção de imunobiológicos. 

São realizados nestes animais, o que permite um avanço considerável no desenvolvimento da ciência e da tecnologia, no campo da pesquisa, os avanços da ciência podem ser considerados o principal responsável pelo aumento da longevidade da população em todo o mundo. No início do século XX a expectativa de vida de homens e mulheres não chegava aos 34 anos e hoje ultrapassou os 73 anos. Isso graças aos avanços científicos, os medicamentos hoje utilizados em hospitais e farmácias, foram testados em animais, desde antiácidos até remédios para tratamento de HIV. 

O conselho federal de Biologia regulamentou a atuação, as atividades e a responsabilidade técnica do biólogo. A norma destaca que essas atividades relacionadas a manutenção de espécimes vivos em condição ex situ – como jardins zoológicos e aquários, criadouros, centros de triagem e biotérios serão desempenhados pelo Biólogo.

QUAL A IMPORTÂNCIA DOS JARDINS ZOOLÓGICOS?

Quando se fala em zoológico, muitas pessoas associam a imagem de animais tristes e estressados (o que não deixa de ser verdade), mas além do entretenimento, você sabe a principal função dos zoológicos?

1. PRESERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE E ESPÉCIES AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO.

Sempre há dois lados de uma mesma moeda, ativistas acreditam que instituições zoológicos prejudicam os animais não só em questão da liberdade e a saúde dos bichos. Felizmente, é aí que entra o papel de um biólogo nessa questão. Além de informar e ensinar, baseado em uma formação multidisciplinar em que a principal função de um zoológico é a preservação da biodiversidade e de espécies ameaçadas de extinção. Ao contrário do que se pensa, o zoológico não retira os animais dos seus habitats naturais, esses animais são normalmente resgatados, seja por tráficos ou nascidos em cativeiros de outros zoológicos debilitados por conta de caças, sendo esses animais debilitados e sem condição de reabilitação em seu habitat. Um grande exemplo é a Harpia (Harpia harpyja), que foi encontrada em Cocalzinho no Estado de Goiás em 2012. Segundo o coordenador do Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), da época, havia 40 anos desde o último registro visual confirmado do animal, de acordo com o relatório veterinário, a ave foi baleada com chumbinho na asa esquerda e na pata. Hoje sem chance de reintrodução ao seu habitat natural, encontra-se no Jardim Zoológico de Goiânia. Um dos maiores desafios do zoológico é não contribuir com a morte acelerada das espécies. Além disso envolve educação ambiental sensibilização da comunidade em geral para o respeito com os animais, conservação ex situ, reprodução de espécies ameaçadas e pesquisas.

Foto de um Gavião-real (Harpia) por Everton Miranda.




2. O QUE DEVO CURSAR PARA TRABALHAR NO ZOOLÓGICO?

Em zoológicos (Previstos em Lei.), o trabalho é exercido por uma equipe multidisciplinar, entre os principais profissionais aptos para esse ofício estão pessoas que trabalham na área das ciências biológicas, veterinária ou zootecnia que em conjunto, farão o melhor para cuidar do bem-estar dos animais.
Dentro de um zoológico, o veterinário irá atuar, principalmente, com formas de prevenção para que os animais não fiquem doentes, caso isso aconteça, o veterinário também vai atuar no tratamento de doenças e fazer curativo. Além disso, também cuidam da alimentação e do ambiente que cercam esses animais, podem também tratar as doenças e fazer curativos. 
O zootecnista, no zoológico tem como objetivo atuar no aspecto nutricional, fazendo com que a alimentação do animal se assemelhe à condição em que eles encontrariam em vida livre. Outra atribuição do zootecnista em um zoológico é a ambientação, adaptando o ambiente de cativeiro em uma condição de conforto e similaridade com o habitat natural e também adaptar o animal ao ambiente.
E OS BIÓLOGOS?
Os biólogos vão atuar na parte comportamental dos animais, na montagem dos recintos onde os animais deverão ficar expostos ou abrigados e poderão trabalhar em parceria com os médicos veterinários e zootecnistas na parte de nutrição. Além disso, vão lidar com o controle de roedores e de pragas em criadouros e zoológicos. No zoológico, um biólogo possui oportunidade de atuar como biólogo educador, que vai lidar com o público, oferecendo conhecimento para aqueles que visitam o local. Existe também o biólogo de manejo, que é responsável pelos cuidados dos animais e os biólogos que trabalham na área de gestão ambiental.  Alunos do curso de Ciências Biológicas da Faculdades Magsul, realizaram uma entrevista com o objetivo analisar o perfil do profissional Biólogo que trabalha no Zoológico de São Paulo e notaram a grande importância do trabalho do biólogo na conservação das espécies e trabalhando com variados públicos a sensibilização da necessidade de preservar para que espécies não sejam extintas. O Zoológico de São Paulo, em sua página oficial mostram que a equipe de Divisão de Ciências Biológicas, é subdividida nos setores de aves, mamíferos e répteis, sendo responsáveis pelo manejo reprodutivo, exposição e demais cuidados com as espécies mantidas em cativeiro.
O biólogo da Diretoria de Mamíferos Filipe Reis, em trabalho de condicionamento para o manejo de alimentação e aplicação de medicamentos na hipopótamo fêmea. Foto: Renato Araújo/Agência Brasília. FONTE: AGENCIABRASILIA.


Equipe Ana Cláudia Pereira de Moraes, Gabriela Moreira Fernandes, Jaynara da Silva Lopes e Sara Sampaio de Oliveira.

Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, Científicas e Didáticas

Autores: Camila Lago, Gabriel Romagnoli, Igor Gerolineto e Isabelly Rodrigues.

Fonte: FINEP

Atualmente são conhecidos três tipos de coleções: as biológicas, científicas e as didáticas. Hoje falaremos mais sobre cada uma delas e como o biólogo pode atuar cuidando dessas coleções.
  • Você sabe o que são Coleções Biológicas?

Segundo o portal do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), as coleções biológicas são conjuntos de organismos, ou parte destes, coletados vivos ou mortos que se encontram preservados para diversos fins. As coleções são importantes ferramentas para o conhecimento da biodiversidade de um determinado local, além de fornecerem informações para pesquisas científicas de diversas áreas, e até mesmo ajudar em técnicas de manejo de um determinado ambiente.

      As coleções biológicas são divididas em cinco categorias:

   1.  Coleções microbiológicas: tem como principal função a catalogação, identificação e distribuição de microrganismos para dar suporte a pesquisa científica, a estudos epidemiológicos e a produção de vacinas e medicamentos.

Fonte: FioCruz


   2.  Coleções zoológicas: elas possuem a riqueza zoológica de diversas regiões, são importantes como uma base de informação para análises geográficas, diversidade morfológica, relação de parentesco e evolução das espécies. 

Fonte: Marcos Santos - USP


    3.  Coleções histopatológicas: são constituídas por espécimes que contribuem com os estudos epidemiológicos e identificação de patógenos tanto em humanos quanto em animais.

Fonte: FioCruz

    4.  Coleção de Botânica: são constituídos por vegetais de uma determinada região em um bioma específico para estudo científico.

  Fonte: Blog Bioslogos
   

   5.  Coleção arqueopaleontológica: é constituída por materiais antigos que tem como objetivo contribuir com estudos a respeito da evolução biológica da vida na terra. 

Fonte: Bruno Rafael - Unicamp
  •  Você sabe o que são Coleções Científicas?

Uma coleção científica é o registro permanente da herança natural do planeta e deve ter o compromisso da instituição em que se encontra para a sua manutenção permanente e constante.

Os museus são os locais mais adequados para a manutenção destas coleções, geralmente biológicas, a fim de expor para a sociedade os bens naturais existentes no planeta.

Fonte: CKTuristando - Museu de Zoologia USP


  •  Você sabe o que são Coleções Didáticas?

As coleções didáticas são coleções científicas que possuem utilização voltada para o ensino, em demonstração e em atividades de preparação para o trabalho de professores com os alunos.

Fonte: Universidade Federal de Londrina - Agência UEL


  • Como é o procedimento de criação de uma coleção?

Para a criação de uma coleção ou a deposição de um material em alguma coleção já criada, é preciso estar atento a parte burocrática, como a preparação do material, o registro, conhecer sua procedência e localizar a coleção mais apropriada em que ele irá ser depositado, assim como seguir todos os procedimentos de como preservar o material. Toda a parte burocrática serve para facilitar a identificação do material, quando requerido por algum pesquisador. 

Quando uma coleção é reconhecida institucionalmente, ou seja, é aceita e reconhecida como uma verdadeira coleção por órgãos do governo, ela passa a ser um patrimônio cultural do Brasil., podendo ser consultada por qualquer cidadão brasileiro.

  •  Qual a importância das coleções?
As coleções podem oferecer desde estudos taxonômicos sobre morfologia de algum organismo, como também fornece um banco de dados genéticos e contribui com pesquisas relacionadas a genética dos organismos.
  •  Curiosidade

Além das coleções físicas, há também as que podem ser consultadas em bancos de dados pela internet pelas pessoas do mundo todo. Alguns exemplos desses bancos de dados são: Species link, WordFederation for Culture Collections (WFCC) e o Sistema de Informação sobre aBiodiversidade Brasileira (SiBBr).

  • Curadoria e Gestão

As coleções necessitam de profissionais, e dentre esses estão o curador, um profissional plenamente capacitado, que conhece a taxonomia dos grupos de seres vivos da coleção, que seja capaz de garantir que a rotina da coleção seja capaz de receber novos materiais biológicos. O curador deve atrair colaborações com outros pesquisadores, que promovam a constante atualização taxonômica. Coordenar as atividades de curadoria envolve tanto os aspectos técnicos, científicos e metodológicos, quanto a capacidade de se comunicar com seus gestores da instituição.

Os gestores também são profissionais importantes diante às coleções, tendo em vista que suas funções são promover a busca pela melhoria contínua da coleção; criar medidas para otimizar recursos financeiros, humanos, equipamentos, através do desenvolvimento de plataformas; integrar coleções de mesma natureza em projetos e desenvolver políticas institucionais voltadas para o segmento.

  • Biólogo pode trabalhar como curador ou gestor? 

Segundo a resolução 227 do dia 18 de agosto de 2010, o biólogo pode atuar em três grandes áreas, sejam elas Meio Ambiente e Biodiversidade; Biotecnologia e Produção; Saúde. 

A resolução permite que dentro da área do Meio Ambiente e Biodiversidade, o biólogo pode atuar legalmente em Curadoria e Gestão de Coleções Biológicas, Científicas e Didáticas, desde que esteja tecnicamente capacitado e com o currúculo efetivamente realizado. 

O que fazer em uma cena de crime ambiental?

Oi, nós somos as biólogas Susana e Simone, e hoje nós iremos contar um pouquinho do nosso trabalho como biólogas forense e como ele é import...