O Inventário, O Manejo e A Comercialização de Microrganismos
- Na microbiologia, temos o inventário, o manejo e a comercialização desses minúsculos organismos invisíveis a olho nu;
- É um ramo biológico extremamente importante não só para a economia, como também para a ciência, pois o primeiro cuida dos clientes com os produtos de microrganismos, enquanto o segundo vai aperfeiçoando na procura de outras técnicas de cultivo, melhoramento microbiano ou produtos relacionados ao manejo desses organismos;
- Só para ter uma noção da importância dessa área de atuação, há várias empresas que trabalham nessa área como a Biodyne, originária em Sarasota, Flórida, EUA e tem uma unidade brasileira no Rio de Janeiro e a Lallemand Plant Care, originária do Canadá, na cidade de Montreal, e no Brasil, tendo uma unidade em Minas Gerias e a outra em São Paulo;
- Conforme previsto na Resolução nº 227/2010, que dispõe sobre a regulamentação das Atividades Profissionais e das Áreas de Atuação do Biólogo em Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e Biotecnologia e Produção consta que o biólogo regularmente registrado nos Conselhos Regionais de Biologia (CRBios) é legalmente habilitado para o exercício profissional, podendo atuar no Inventário, Manejo e Conservação de Microrganismos (Artigo 4º);
- O Inventário, Manejo e Comercialização de Microrganismos implica em fazer levantamos, criação/cuidado e venda de microrganismos. Como por exemplo bactérias utilizadas no controle biológico de diversas culturas;
- Acaba de chegar ao mercado brasileiro uma linha de produtos que combina fungos, bactérias, vírus e protozoários para auxiliar produtores no manejo de doenças e absorção de nutrientes na lavoura;
- De acordo com a fabricante Satis, a tecnologia da linha Bio é atestada pela Embrapa e auxilia na preservação e equilíbrio do ecossistema, não prejudicando o solo e estimulando a alta produtividade das culturas ao complementar a nutrição das plantas;
- Os produtos foram formulados com agentes biológicos na composição, incluindo fungos, bactérias, vírus e protozoários;
- Estes agentes naturais aumentam absorção de nutrientes e otimizam a produção. Em suas formulações foram trabalhados o gênero de fungo Trichoderma e a combinação Purpureocillium lilacinum e Isaria umorosea;
- Também inclui as bactérias Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus subtillis, Bradyrhizobium sp., Azospirillum brasiliense e Bauvéria;
- Este processo possibilita a reciclagem de resíduos orgânicos, devolvendo ao solo o que lhe foi retirado, a fim de restituir sua estruturação e fertilidade para, desta forma, atender as demandas agrícolas;
- Abrigam microrganismos de funcionalidades diversas, incluindo controle biológico, fertilidade do solo, de interesse industrial e patógenos de animais e vegetais, preservam exemplares da biodiversidade e garantem a conservação do patrimônio genético;
- O seu processo de isolamento, caracterização e conservação constitui uma ferramenta importante para o desenvolvimento industrial e agrícola do país, bem como para o controle de doenças de animais, de plantas e do homem;
- Para alcançarem níveis de excelência em suas técnicas e serviços prestados, as coleções devem atender a um conjunto de normas nacionais e internacionais;
- Inclusive as Diretrizes de Gestão para Coleções de Microrganismos da Embrapa, elaboradas dentro do projeto "Modelo Corporativo de Gestão para as Coleções de Microrganismos da Embrapa" – Gestcol;
- Com base no diagnóstico das coleções participantes, no benchmarking de coleções de referência nacionais e internacionais e no mapeamento dos processos de gestão das coleções. A extensão de aplicação dos requisitos contidos nessas normas depende da categoria dessas coleções;
- Nas coleções da Embrapa, os registros devem ser controlados segundo o procedimento de Controle de Registros, abordado no documento "Orientações para a Elaboração de Documentos Gerenciais de um Sistema de Gestão da Qualidade", que pode ser acessada pela publicação;
- A coleção deve conter um programa prevendo a realização de limpeza e de checagem da contaminação de locais críticos à realização de suas atividades, como, por exemplo, a cabine de segurança biológica, as estufas utilizadas para cultivo de microrganismos e bancadas;
- Além disso, deve ter disponível um inventário detalhado do material que contém, incluindo as informações referentes à identificação, caracterização e consulta/intercâmbio dos microrganismos, a localização nas instalações e o pessoal que tem acesso ou a custódia deles a qualquer momento;
- Também deve-se registrar a classificação do acervo segundo os grupos de risco biológico indicados pela Organização Mundial da Saúde, o que permitirá que a coleção não mantenha microrganismos de grupo de risco maior do que estiver preparada para manipular;
- Salienta-se que a classificação do acervo deve estar disponível a todo o pessoal que manipula os microrganismos, bem como as informações que caracterizam cada grupo. Além disso, só devem fornecer amostras de grupo de risco para o cliente que possua condições adequadas para manipulá-las;
Equipe: Júlia Gabriela Ramos da Costa, Ramon Nunes Guimarães e Vitor Souza Macarini Pimenta
Relações bibliográficas:
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