terça-feira, 2 de junho de 2020

Mecanismo de Desenvolvimento Limpo junto a atuação do biólogo


  Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL)  


Estabelecido em 1997 com o Protocolo de Quioto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo é uma iniciativa de uma evoluída proposta brasileira para redução de gases poluentes nos países em desenvolvimento. Sua regulação é feita pela Organização das Ações Unidas (ONU) e pelos governos.
O MDL tem como princípio dois objetivos básicos: assessorar os países propostos pela Convenção do Clima a cumprirem suas metas de redução de emissão de gases do efeito estufa (SF6 acompanhados por  HFCs e PFCs) a um custo menor e, ao mesmo tempo, colaborar para que esses países em desenvolvimento possam atingir a sustentabilidade.
Fonte: Kamila Martins (2020)


Por meio do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, um país desenvolvido ou de economia em transição para o capitalismo pode comprar “créditos de carbono”, denominados “reduções certificadas de emissões” (RCEs) resultantes de atividades de projeto desenvolvidas em qualquer país em desenvolvimento que tenha ratificado o Protocolo. Isso é possível desde que o governo do país onde ocorrem os projetos concorde que a atividade de projeto é voluntária e contribui para o desenvolvimento sustentável nacional.
Os projetos do MDL são baseados em fontes renováveis e alternativas de energia, eficiência e conservação de energia ou reflorestamento. Existem regras claras e rígidas para aprovação dos mesmos no âmbito do MDL.
Estes projetos devem utilizar metodologias aprovadas e ser validados e verificados por Entidades Operacionais Designadas (EODs), além de ser habilitados e registrados pelo Conselho Executivo do MDL. Também o governo do país anfitrião, através da Autoridade Nacional Designada (AND), assim como o governo do país que comprará os CERs, devem avalizar os projetos.

O vídeo a seguir demonstra dinamicamente como o MDL funciona na indústria brasileira:


O primeiro projeto do MDL, aprovado pela ONU, no mundo, foi o do aterro sanitário de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, que utiliza tecnologias bem precisas de engenharia sanitária, tendo os créditos de carbono sido negociados diretamente com os Países Baixos.


 Nova Iguaçu/RJ produz energia elétrica a partir do lixo

Usina instalada na Central de Tratamento de Resíduos gera energia elétrica a partir do biogás produzido pela decomposição do lixo.


 O biogás é o gás produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos do lixo. É um tipo de gás inflamável composto por vários gases, como o metano (CH4) e o dióxido de carbono CO2). O biogás passa por vários estágios na usina de geração de energia, até ser encaminhado para a queima controlada no flare e/ou para outros sistemas de aproveitamento energético. Devido ao seu alto percentual de metano, gás com potencial de aquecimento global 21 vezes superior ao do dióxido de carbono, o biogás do aterro sanitário não pode ser emitido para a atmosfera.

Fonte: Isto é (2019)

 

                               O biólogo e a MDL                             

           
          A atuação do biólogo é bastante vasta, existem três grandes áreas para atuar a profissão. Dentro delas estão; Meio ambiente e Biodiversidade, Biotecnologia e Produção e Saúde.
            Dentro do MDL, o biólogo que atua nessa área tem alguns objetivos principais que são; fornecer informações para todos os interessados em atividades de projeto de MDL;  esclarecer a regulamentação específica sobre submissão de atividades de projeto de MDL no Brasil; e facilitar o entendimento do processo e, consequentemente, promover o desenvolvimento de projetos de MDL no país. 
         Há ainda outros tipos de projetos de MDL, por exemplo o florestamento ou reflorestamento, como os assentamentos físicos, que consistem no reflorestamento das margens de rodovias e ferrovias, e os assentamentos humanos, inclusive os de reforma agrária, em que uma parte do terreno é reflorestada com plantio de árvores, como o eucalipto, para a comercialização.

Fonte: Eu quero biologia (2018)


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Referências :




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